Jornada Pedagógica do Imi inicia com reflexões sobre o papel do professor na escola e na sociedade

A Jornada Pedagógica do Instituto Sinodal Imigrante iniciou nesta segunda-feira, 13, com uma programação muito especial, cuja temática é “Os 500 anos de Reforma, uma reflexão sobre a liberdade de consciência do indivíduo e do novo viés para a educação”. Segundo a equipe diretiva, é celebrando este acontecimento e promovendo educação de forma responsável e amorosa a partir de uma perspectiva cristã, que a escola inicia o ano letivo de 2017. “No desejo de entender cada vez melhor a proposta educativa da escola evangélico-luterana e de permanecer engajados na missão, continuaremos nossos estudos para nos apropriarmos de nossa filosofia e fortalecermos a nossa prática através da unidade de pensamentos e ações.” No convite aos colaboradores, o chamado para construir e reconstruir saberes que nortearão o fazer pedagógico: rumo a outros 500!

A abertura da programação ocorreu na Igreja Evangélica, com uma linda reflexão do Pastor Décio Weber. Na oportunidade também foi feita a recepção aos colegas do Colégio Gaspar e a saudação dos diretores às duas equipes. Palestras, reflexões e atividades de integração marcaram o primeiro dia.

No turno da manhã o ponto alto foi a palestra do professor Jorge Luiz da Cunha. Com o tema “(Des)Construção em um ano de Reforma: O que precisamos reformar em nossas instituições de ensino para cumprir nossa missão?”, Cunha instigou a pensar sobre a importância do papel transformador do professor, contrapondo o momento que era vivido há 500 anos, quando aconteceu a Reforma Protestante, e o momento atual que vivemos. Mas muito mais do que resgatar o passado, o professor propôs uma reflexão sobre o presente. Segundo ele, “o passado existe como memória, o futuro existe como esperança, mas nós só podemos agir no presente.” Em sua análise, Cunha defendeu uma escola menos conservadora, que educa para formar cidadãos críticos. E contextualizou com críticas à realidade que vivemos hoje na sociedade brasileira, que é em parte consequência da forma como as escolas formavam cidadãos: “Ninguém educa ninguém se apenas transmite informação ou cobra que o aluno apenas aprenda a reproduzi-las. Quem só sabe cumprir ordens, não terá senso crítico para mudar o mundo.” Ainda, falou da ilusão de felicidade, ostentada no popular “se dar bem” e no narcisismo dos dias atuais, quando na verdade “a felicidade nada mais é do que viver no momento presente reconhecendo e superando nossos limites e possibilidades, dependendo essencialmente das relações humanas para isso.” Essa é segundo ele, a nossa condição humana e “se os professores escolhem essa profissão para exercer sua condição humana é porque gostam de gente e tem um papel revolucionário na sociedade”.
Confira aqui o currículo do professor Jorge Luiz da Cunha

A programação da tarde ainda contou com a Palestra “O Papel do Professor na Escola Confessional Luterana”, com Leandro Hofstäter, e o compartilhamento “Escola reformada em constante reforma: práticas pedagógicas inspiradoras”, além de atividades de reflexão e de integração entre as equipes das duas instituições. A programação segue até esta sexta-feira. 

Veja aqui mais fotos da Jornada Pedagógica do Imi

Professor Jorge Luiz da Cunha palestrou aos participantes da Jornada Pedagógica na manhã de segunda
Professor Jorge Luiz da Cunha palestrou aos participantes da Jornada Pedagógica na manhã de segunda


Estiveram presentes as equipes do Instituto Sinodal Imigrante, de Vera Cruz, e do Colégio Gaspar Silveira Martins, de Venâncio Aires
Estiveram presentes as equipes do Instituto Sinodal Imigrante, de Vera Cruz, e do Colégio Gaspar Silveira Martins, de Venâncio Aires



Compartilhe